Sábado, 2 de Janeiro de 2010
publicado por JN em 2/1/10

Já aqui falei na expressão “filme a designar”, que pulula um pouco por todos os guias de programação existentes no mercado, sejam eles impressos, online ou disponibilizados pelos próprios browsers dos operadores. Pois só este Réveillon, entre 31 de Dezembro a 1 de Janeiro, e somando apenas a SIC e a TVI, havia no browser do Meo 16 filmes “a designar”.


Se a alguém intriga a inexistência de um só bom guia de TV em Portugal (e incluindo, de novo, os jornais e as revistas, os sites e os browsers), eis aqui, portanto, a ponta do novelo. A ERC impõe a definição dos alinhamentos até escassas 48 horas de antecedência. E, embora já não vivamos no império da contra-programação (a saída de José Eduardo Moniz da TVI alterou por completo o paradigma), os canais privados continuam a aproveitar o mais que podem esse prazo, divulgando os alinhamentos quando já ninguém consegue publicá-los a tempo.

Talvez devesse haver, da parte dos operadores, outro tipo de agilidade, permitindo-lhes, embora com benefícios apenas para os seus clientes, suprir essa lacuna ao longo das ditas 48 horas. No essencial, porém, o problema é este: não é possível ao telespectador programar adequadamente uma semana de TV. Se for de férias, então, está tramado: tendo IPTV, em princípio, ainda conseguiria mandar gravar um programa via telemóvel – mas, às vezes, nem sequer no próprio dia o browser oferece a programação completa.

Mais um problema para os canais generalistas em relação aos temáticos, onde regra geral os alinhamentos são bem mais regulares e é bastante mais fácil, aliás, gravar em série. Mais um problema – e, por esta altura, já são tantos…


CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 2 de Janeiro de 2010

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Joel Neto


Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974, e vive entre o coração de Lisboa e a freguesia rural da Terra Chã, na ilha Terceira. Publicou, entre outros, “O Terceiro Servo” (romance, 2000), “O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas” (contos, 2002) e “Banda Sonora Para Um Regresso a Casa” (crónicas, 2011). Está traduzido em Inglaterra e na Polónia, editado no Brasil e representado em antologias em Espanha, Itália e Brasil, para além de Portugal. Jornalista de origem, trabalhou na imprensa, na televisão e na rádio, como repórter, editor, autor de conteúdos e apresentador. Hoje, dedica-se sobretudo à crónica e ao comentário, que desenvolve a par da escrita de ficção. O seu novo romance, “Os Sítios Sem Resposta”, sai em Abril de 2012, com chancela da Porto Editora. (saber mais)
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