Quarta-feira, 31 de Março de 2010
publicado por JN em 31/3/10



Revê-se Eu e Os Meus Irmãos, a grande reportagem de Cândida Pinto e Jorge Pelicano agora exibida no Festival Internacional de Grandes-Reportagens (França), e percebem-se as razões por que inspirou a criação de uma organização não governamental. O terceiro mundo, já se sabe, está agora pejado de ONG perigosas, com objectivos paralelos obscuros e criminosos, incluindo a espoliação, o tráfico e o próprio terrorismo. Por esta, que recebeu o nome da própria reportagem, porém, é fácil pôr as mãos no fogo.


Porque o trabalho de que nasce não é paternalista ou manipulado, excitadinho ou tampouco “fácil”. Desde que deixámos de meter estilo com a bandeira do “jornalismo de investigação” e a substituímos pela da “grande reportagem”, o que não tem faltado pelos canais nacionais é isso: a tentação de pegar nos pobrezinhos e fazer da dor deles a nossa lágrima. Pelo contrário, Eu e Os Meus Irmãos é um pequeno oásis de contenção, nunca perdendo de vista que ali, entre os meninos de Inhambane, fracasso e resistência estão de mãos dadas e tão depressa nenhum se sobreporá ao outro, por muito que nos soubesse bem sermos definitivos sobre o desfecho.


Mérito para Cândida Pinto – e mérito também para Jorge Pelicano, autor dos documentários Ainda Há Pastores? Ou Pare Escute Olhe! Há algo de profundamente contemporâneo no resultado final. E há algo de profundamente antigo também: algo do tempo em que o jornalismo contava histórias independentemente da agenda mediática e era ainda capaz de mobilizar o público para uma causa sem que viesse de imediato contaminado de indícios de que, em breve, os protagonistas da boa-vontade se sobreporiam aos protagonistas da história.


CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 31 de Março de 2010

Segunda-feira, 29 de Março de 2010
publicado por JN em 29/3/10

Se há uma coisa passível de ser lamentada, no que diz respeito ao novo canal Q (a partir desta noite, na posição 15 do Meo), é a sua exclusividade num operador. Mais uma vez, e tal como aconteceu com o Canal Benfica ou a TVI 24, uma boa parte dos telespectadores é deixada de fora, com a única alternativa de contratar novo distribuidor (perdendo assim os canais exclusivos do distribuidor original). Por outro lado, as Produções Fictícias são uma produtora privada, a quem não se pode pedir que desmonte sozinha as idiossincrasias do sistema capitalista. Aguentemo-lo, pois.


Porque, de resto, são só vantagens. Não é verdade que tudo o que sai das Produções Fictícias seja bom: com a diversificação da oferta, a empresa de Nuno Artur Silva tem ligado o seu nome a um número crescente de flops, tanto em termos de público como em termos de qualidade. Mas trata-se, em qualquer caso, de uma plataforma única em Portugal para o exercício da criatividade. Aliás, se alguma vez for mesmo preciso dividir a história do humor português entre um “antes” e um “depois”, a fronteira estará exactamente na criação das Produções Fictícias, de onde não só saíram os Gato Fedorento, como o Contra-Informação ou os textos para a melhor fase de Herman José.


E, entretanto, há o modelo interactivo do canal, que permite ao Meo mais um significativo salto no desenvolvimento da sua plataforma. Com o Q, a gravação simplesmente deixa de ser uma prerrogativa marginal para passar a ser uma opção tão lógica como o visionamento em contínuo. Daí que aquilo que se faz esta noite é também, de alguma forma, História. E é uma honra assistir à sua marcha.


CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 29 de Março de 2010

Domingo, 28 de Março de 2010
publicado por JN em 28/3/10

No fim, era difícil ter encontrado notícia melhor. O debate está aí, espalhado um pouco por todo o lado, dos media oficiais à blogosfera, das redes sociais às conversas de club-house: será mesmo o The Masters Tournament, marcado para a próxima semana, a prova ideal para o regresso de Tiger Woods à competição, escassos quatro meses e meio depois do mega escândalo sexual em que o número 1 do ranking mundial de golfe se envolveu? Os factos, porém, são simples. Da última vez que Tiger esteve ausente, entre Junho de 2008 e Fevereiro de 2009, as audiências televisivas de golfe caíram cerca de 36 por cento – e, num momento em que a crise económica continua a afectar gravemente os sectores económicos que mais generosamente a patrocinam, seria uma tontice da parte de uma indústria que vive para (e “da”) televisão condescender com a ausência da mais brilhante de todas as suas estrelas.



Por detrás da opção de Tiger pelo regresso no The Masters, é fácil percebê-lo, estarão três razões fundamentais. A primeira terá a ver com a ligação sentimental que há muito une o jogador ao torneio, palco da sua primeira vitória no Grand Slam (um arrasador –18 obtido em 1997, com 12 pancadas de vantagem sobre o segundo classificado), entre outros três triunfos épicos. A segunda estará de alguma forma relacionada com a protecção que, apesar de tudo, o campo do Augusta National lhe permitirá, vistas as limitações de circulação sempre ali colocadas aos profissionais dos media, televisões incluídas. E a terceira, naturalmente, resultará da própria urgência de Tiger em regressar aos fairways, de forma a reconquistar a confiança dos patrocinadores, o apreço do público e, feitas as contas, o seu lugar como mais amado golfista da actualidade.


Resultado: ganha quase toda a gente. Para o The Masters, e apesar das denúncias de que Tiger acabará por utilizar o mais mítico torneio americano em proveito próprio, a simples presença do número 1 do mundo será um espectáculo suplementar como era difícil encontrar outro. Para as autoridades que superintendem o golfe norte-americano (e mundial), será um alívio, tendo em conta que este ano há Ryder Cup – e que, aliás, durante a última ausência de Tiger, a própria FedEx Cup terminou sombria e especialmente desinteressante (apesar do bom duelo entre Vijay Singh e Camilo Villegas). Para as televisões, incluindo a CBS e o Golf Channel (e mesmo, em Portugal, a SportTV Golfe), será uma oportunidade única de, mesmo cedendo a algum voyeurismo, reconquistar as atenções e o culto que de alguma forma ameaçava começar a escoar-se, particularmente nos Estados Unidos.


As previsões são pouco menos do que épicas. Depois de mais de seis milhões de americanos terem acompanhado em directo a conferência de imprensa em que o jogador pediu formalmente desculpas pelo seu comportamento (ver cronologia), é esperada para o The Masters uma audiência consolidada apenas comparável, nos últimos anos, às ocorridas em torno da vitória eleitoral e da tomada de posse de Barack Obama. Nem sequer o apertado controlo das autoridades da Geórgia, aliás, deverá ensombrar esse triunfo. É mesmo possível que os jornalistas e os comentadores da CBS e do Golf Channel evitem quaisquer referências ao escândalo em que o jogador se envolveu, contribuindo declaradamente para um clima de paz em torno de Tiger. E há até quem admita que a CBS, detentora dos direitos de transmissão dos dois primeiros dias do torneio, nem sequer passe imagens da primeira ronda de Tiger, no caso de o jogador actuar ao início da manhã. A sua presença no field será suficiente.


Os colegas, e apesar de uma ou outra voz dissonante, parecem entretanto prontos a receber de braços abertos o seu líder. Para além de rivais como Phil Mickelson ou Jim Furyk, de homens imprevisíveis como John Daly ou Vijay Singh e mesmo de assumidos “conservadorões” como Tom Watson ou Kenny Perry, o próprio Jesper Parnevik, o jogador que apresentou Elin Nordgren a Tiger – e que o criticou com absoluta brutalidade logo a seguir ao rebentamento do escândalo – já foi citado congratulando-se com o seu regresso. É natural: Tiger não joga deste o Australian Masters – e, desta então, as atenções dos adeptos de golfe andaram sempre mais centradas na vida pessoal do jogador do que nos torneios que, na sua ausência, iam decorrendo um pouco por todo o lado. Pelo contrário, o entusiasmo do público parece agora de novo canalizado para os fairways. Dois dias depois do anúncio do regresso de Tiger, feito no dia 16, já havia bilhetes para o The Masters (que custavam 200 dólares) à venda na Internet por 2400.


Não será fácil a Tiger ganhar a prova. Após quatro meses e meio sem uma única ronda competitiva – e ainda por cima tratando-se este de um jogo mentalmente exigente, ao longo do qual se vão misturando todo o tipo de emoções –, Woods deverá sobretudo tentar passar o cut e acabar a prova com dignidade. Mas o facto é: se alguém alguma vez pode vencer num contexto destes, esse alguém é Tiger. Por isso mesmo, a casa de apostas britânica William Hill apressou-se a colocá-lo no topo dos favoritos para Augusta, com odds de 4/1. E por isso mesmo também hão-de estar já algo receosos todos aqueles que, apesar de tudo, vão furando a unanimidade, dispersando pelos jornais de todo o mundo acusações segundo as quais o regresso é “prematuro”, prova o “egoísmo” de Tiger, demonstra que ele se encontra “longe de estar arrependido pelos seus actos” ou mesmo perpetra aqui “um último ataque às mulheres”, escolhendo para o regresso precisamente um torneio disputado no campo de um clube que não aceita senhoras como sócias.


As críticas, naturalmente, hão-de continuar, principalmente se o caddie Steve Williams (que o condenou em público) não o acompanhar, se Elin Nordgren não aparecer em Augusta e, sobretudo, se o resultado final de Tiger for mau. Mas, lentamente, a poeira começará a assentar, passando a circunscrever-se às paródias clássicas a escândalos como este, incluindo as referências e as sátiras nos programas televisivos de humor (como “South Park”, mas não só), a criação de produtos eróticos colados à imagem do traidor apanhado ou mesmo a revelação de novos pormenores sobre o escândalo em causa (como a publicação de sms eróticas do jogador, feita um dia destes por mais uma das suas muitas auto-proclamadas amantes). No fim, porém, tudo não passará de uma nota de pé de página. Tiger não é apenas o melhor golfista da sua geração: é talvez o melhor dos mais de 250 anos da história moderna deste jogo. E a analogia é inevitável: também muitos dos que mais cercaram Clinton depois do escândalo Lewinski acabaram, durante a presidência de Bush, por sentir saudades do ex-presidente.


 



TIGER RETURNS


Há muitos anos que a relação entre Tiger Woods e o The Masters Tournament é especial. Realizado desde 1934 no campo do Augusta National Golf Club, na Geórgia (EUA) – de resto desenhado a meias entre Alister MacKenzie e o dito “melhor amador de todos os tempos”, Bobby Jones –, o torneio conheceu um dos seus momentos mais altos de sempre quando serviu de palco à primeira das actuais 14 vitórias de Tiger em majors, em 1997, ano em que Woods acabou o front nine da primeira ronda com +4, fez -6 no back nine e foi cavando para os adversários uma vantagem colossal, que no final se situou em doze pancadas (-18, contra o -6 do segundo classificado, Tom Kite). Ao todo, Tiger venceu ali quatro vezes. No ano passado, e com as bancadas torcendo em delírio por Kenny Perry, ganhou Ángel Cabrera, que suplantou Perry e Chad Campbell num playoff.


 


THE MASTERS TOURNAMENT


1º major da temporada


CAMPO: Augusta National


CIDADE: Augusta (Geórgia, EUA)


DATAS: de 8 a 11 de Abril


SANÇÕES: PGA, European Tour e Japan Golf Tour


PRIZE MONEY: 7 milhões de dólares (€ 5,2 milhões)


CAMPEÃO EM TÍTULO: Ángel Cabrera (Argentina)


JOGADORES COM MAIS VITÓRIAS: Jack Nicklaus (6); Arnold Palmer e Tiger Woods (4); Jimmy Demaret, Sam Snead e Gary Player (3); Horton Smith, Ben Hogan, Tom Watson, Severiano Ballesteros, Nick Faldo, Bernhard Langer, José Maria Olazábal, Ben Crenshaw e Phil Mickelson (2)


FIELD (TOTAL DE CERCA DE 95 JOGADORES): antigos campeões do torneio; últimos cinco vencedores do US Open, do British Open e do PGA Championship; últimos três vencedores do The Players Championship; primeiros dois classificados do último US Amateur; vencedor do último British Amateur; vencedor do último Asian Amateur; vencedor do último US Amateur Public Links; vencedor do último US Mid-Amateur; primeiros 16 classificados da última edição do torneio; primeiros oito classificados do último US Open; últimos quatro classificados nos últimos British Open e PGA Championship; top da PGA Tour Money List do ano anterior; vencedores dos torneios pontuáveis para o The Tour Championship do ano anterior; todos os jogadores qualificados para o The Tour Championship do ano anterior; primeiros 50 classificados do ranking mundial; convidados internacionais.


 


CRONOLOGIA DE UM ESCÂNDALO


25 de Novembro


O The National Inquirer revela que Tiger Woods tem andado a trair a mulher com uma mulher chamada Rachel Uchitel.


27 de Novembro


Na noite de Acção de Graças, Tiger Woods estampa o seu Cadillac Escalade contra uma bomba de incêndio e uma árvore nos jardins em frente à sua mansão de Windermere, na Florida. A imprensa noticia que Elin Nordgren, sua mulher, o agredira com um taco de golfe.


29 de Novembro


Tiger emite um comunicado em que se responsabiliza a si próprio pelo acidente, defendendo a mulher como a pessoa que o ajudou. Entretanto, pede respeito pela sua privacidade.


30 de Novembro


O jogador anuncia que não disputará o Chevron Golf Heritage, que beneficia a sua própria obra de caridade, e que não voltará a participar em torneios até ao final do ano.


1 de Dezembro


Uma segunda mulher, Jaimee Grubs, revela publicamente ter sido amante de Tiger. No mesmo dia, a polícia da Florida multa o jogador em 164 mil dólares por condução descuidada.


2 de Dezembro


Rachel Uchitel faz publicar na US Weekley uma mensagem telefónica de Tiger pedindo-lhe para despersonalizar o voicemail, prevenindo-se contra um eventual telefonema de Elin. No mesmo dia, o site oficial do jogador publica um comunicado em que este, implicitamente, pede pela primeira vez desculpa por ter traído a mulher.


3 de Dezembro


O sueco Jesper Parnevik, que apresentara Elin a Tiger, diz publicamente que pensava que o número 1 mundial “era melhor homem do que na verdade é”, instando ao mesmo tempo a compatriota a “da próxima vez, usar o driver em vez da madeira 3”.


7 de Dezembro


Holly Sampson, estrela porno, torna-se na sétima mulher a reclamar-se amante de Tiger Woods.


8 de Dezembro


É divulgada a notícia de que Elin acaba de comprar uma casa na Suécia, no valor de dois milhões de dólares.


11 de Dezembro


Tiger emite novo comunicado, anunciando agora que abandona “por tempo indeterminado” o golfe, passando concentrando-se na resolução dos problemas no seu casamento.


14 de Dezembro


A consultora Accenture torna-se no primeiro grande patrocinador a abdicar de Tiger, em virtude “das circunstâncias das últimas duas semanas”.


16 de Dezembro


A revista People diz que Elin já informou a família e os amigos da sua intenção de deixar Tiger Woods.


30 de Dezembro


Tiger Woods faz 34 anos.


31 de Dezembro


O banco AT&T torna-se no segundo patrocinador a romper o contrato com Tiger Woods.


19 de Janeiro


É divulgada a notícia de que Tiger está em terapia sexual numa instituição de Hattiesburg, no Mississippi.


27 de Janeiro


Phil Mickelson vem pela primeira vez a público defender a importância do regresso de Tiger ao golfe, declarando entretanto ser “um bom amigo” tanto do jogador como da mulher.


5 de Fevereiro


É divulgada a notícia de que Tiger concluiu a terapia sexual marcada para Hattiesburg.


12 de Fevereiro


É divulgada a notícia de que Tiger acaba de comprar o iate Solitude, no valor total de dois milhões de dólares, para oferecer à mulher.


19 de Fevereiro


Enquanto se disputa o Accenture Match Play Championship, patrocinado pelo primeiro sponsor a abandoná-lo, Tiger convoca uma conferencia de imprensa para TPC Sawgrass, durante a qual se diz “profundamente arrependido” pelos seus actos, nega a ocorrência de qualquer episódio de violência doméstica durante a Acção de Graças e garante que tão depressa não voltará a jogar.


23 de Fevereiro


Tiger envia aos pais dos colegas de escola dos filhos uma carta em que se penitencia pelo mau exemplo dado.


26 de Fevereiro


A Gatorade torna-se no segundo patrocinador a cortar parcialmente no apoio a Tiger, imitando o exemplo prévio da Gillette.


28 de Fevereiro


Tiger regressa a casa, declarando estar agora concentrado no treino físico e técnico. Começam as especulações sobre quando ocorrerá o seu regresso.


3 de Março


Steve Williams, caddie de Tiger desde 1999, anuncia estar “obviamente furioso” com o patrão, desmentindo ao mesmo tempo ter qualquer conhecimento das suas actividades mundanas.


11 de Março


A Associated Press noticia que Tiger regressará durante o The Masters Tournament, marcado para Abril em Augusta.


16 de Março


Tiger confirma a informação da Associated Press: o seu regresso ocorrerá efectivamente durante o primeiro major da temporada.


17 de Março


Josyln James, a enésima auto-proclamada amante de Tiger Woods, revela uma mensagem telefónica em que Tiger diz qualquer coisa como: “Quero tratar-se à bruta. Quero atirar-te pelos cantos, espancar-te e dar-te palmadas. Quero prender-te ao chão enquanto te estrangulo.”


18 de Março


A produtora Comedy Central apresenta um episódio de “South Park” inspirado no caso de Tiger, juntando-se ao imenso rol de sátiras realizadas desde Dezembro (incluindo anedotas, jogos de computador e gadgets sexuais).


FEATURE. J (O Jogo), 28 de Março de 2010


tags:
Joel Neto


Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974, e vive entre o coração de Lisboa e a freguesia rural da Terra Chã, na ilha Terceira. Publicou, entre outros, “O Terceiro Servo” (romance, 2000), “O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas” (contos, 2002) e “Banda Sonora Para Um Regresso a Casa” (crónicas, 2011). Está traduzido em Inglaterra e na Polónia, editado no Brasil e representado em antologias em Espanha, Itália e Brasil, para além de Portugal. Jornalista de origem, trabalhou na imprensa, na televisão e na rádio, como repórter, editor, autor de conteúdos e apresentador. Hoje, dedica-se sobretudo à crónica e ao comentário, que desenvolve a par da escrita de ficção. O seu novo romance, “Os Sítios Sem Resposta”, sai em Abril de 2012, com chancela da Porto Editora. (saber mais)
pesquisar neste blog
 
arquivos
livros de ficção

"Os Sítios Sem Resposta",
ROMANCE,
Porto Editora,
2012
Saber mais


"O Citroën Que Escrevia
Novelas Mexicanas",
CONTOS,
Editorial Presença,
2002
Saber mais
Comprar aqui


"O Terceiro Servo"
ROMANCE,
Editorial Presença,
2002
Saber mais
Comprar aqui
outros livros

Bíblia do Golfe
DIVULGAÇÃO,
Prime Books
2011
Saber mais
Comprar aqui


"Banda Sonora Para
Um Regresso a Casa
CRÓNICAS,
Porto Editora,
2011
Saber mais
Comprar aqui


"Crónica de Ouro
do Futebol Português",
OBRA COLECTIVA,
Círculo de Leitores,
2008
Saber mais
Comprar aqui


"Todos Nascemos Benfiquistas
(Mas Depois Alguns Crescem)",
CRÓNICAS,
Esfera dos Livros,
2007
Saber mais
Comprar aqui


"José Mourinho, O Vencedor",
BIOGRAFIA,
Publicações Dom Quixote,
2004
Saber mais
Comprar aqui


"Al-Jazeera, Meu Amor",
CRÓNICAS,
Editorial Prefácio
2003
Saber mais
Comprar aqui